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Parada gay em SP reuniu 3 milhões de pessoas


Cantora Daniela Mercury beija sua mulher, a jornalista Malu Verçosa, na passeata. No embalo das músicas e beijos de Daniela Mercury em sua mulher, a jornalista Malu Verçosa, a 17ª Parada Gay de São Paulo reuniu ontem 3 milhões de pessoas na Avenida Paulista, segundo a Polícia Militar. O público não se intimidou com o frio e a chuva e marchou por mais de três horas exibindo capas e guarda-chuvas coloridos.

O principal alvo de protestos durante o evento foi o pastor e deputado federal Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da comissão de Direitos Humanos da Câmara e defensor da “cura gay”, entre outras posições consideradas homofóbicas.
Além de faixas em carros elétricos, o pastor foi citado por Daniela. Durante famosa canção de Milton Nascimento, ela cantou: “Feliciano, qualquer maneira de amor vale a pena”.


Após cantar sucessos e marchinhas de Carnaval, e dedicar o show a Malu, a cantora afirmou: “Se a gente já tirou um presidente, não é possível que o governo mantenha na comissão alguém que não nos representa. Vamos usar o nosso poder cotidiano, não deixando ninguém desrespeitar ninguém. Isso é ser cidadão”, pediu Daniela, que assumiu recentemente sua homossexualidade. Espaço mais disputado pelo público e as autoridades, o trio elétrico de Daniela.

Mercury contou com a presença da ministra da Cultura, Marta Suplicy (PT), do prefeito de São Paulo, Fernando Haddad (PT), e do deputado federal Jean Wyllys (Psol).O governador Geraldo Alckmin assistiu à passeata em camarote ao lado do Museu de Arte de São Paulo (Masp). A petista Marta Suplicy foi aclamada em discurso pedindo que os homossexuais tenham os mesmos direitos dos heterossexuais.


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