Na onda do 'Lulu', app para Facebook incentiva usuários a opinar anonimamente sobre o namoro de amigos
Está aberta a porteira. Depois da popularização das interações anônimas com o Bang With Friends (de sexo entre amigos), que descambou nas avaliações do desempenho e do comportamento de homens feitas por mulheres também anonimamente no aplicativo “Lulu”, agora surge o iCrach. O aplicativo para Facebook propõe que amigos deem seu pitaco, anônimo, sobre o relacionamento de seus conhecidos.
Funciona assim: o site do iCrach mostra os perfis de todos as pessoas com quem você está conectado no Facebook; é possível votar em alguém para indicar que aquela pessoa não é uma boa opção para se ter um relacionamento; após isso, pode-se escolher hashtags para caracterizá-la (alguma semelhança com o “Lulu”?).
A adjetivação muda conforme o gênero do alvo; para os homens: #ciumento; #pegofacil; #chato;#antisocial; #reidobalão; #DRempublico; #arroz; #achaqueengana; #sefazdesanto; #pagadeintelectual; #sófalamerda; #safadinhodowhatsup; #falaquevaidormirmas...; #meioFelix; e para mulher: #valdirene; #ciumenta; #pegofacil; #chata; #antisocial; #DRempublico; #achaqueengana; #sefazdesanta; #pagadeintelectual; #sófalamerda; #falaquevaidormirnacasadaamigamas...; #mercenaria; #barroufuteboldosamigos.
As hashtags são mostradas a todos os amigos desse indivíduo no Facebook, mas o alvo é mais específico: o namorado (a) dele (a) --é possível excluir o perfil do aplicativo e acabar com a brincadeira.
Embora a proposta possa parecer uma bomba para relacionamentos instáveis, seus criadores garantem que a intenção é fazer com que namoros durem mais. “A intenção do iCrach é ser um acelerador de relacionamentos ruins, o que aumenta a probabilidade de você encontrar o amor da sua vida”, diz Lucian Fialho, de 24 anos. Ele criou o app com Deni Medeiro, de 34 anos.
Segundo ele, estão por vir hashtags ainda mais incisivas, como a #chifrudo. Apesar de surgir na onda do “Lulu”, o aplicativo para mulheres darem notas a homens, e do Tubby, aplicativo em que homens avaliariam mulheres, que seria lançado mas não passou de uma brincadeira, a ideia do iCrach, segundo Fialho, surgiu ainda no começo do ano, antes do app para moças virar sensação.
O objetivo inicial não era dos melhores. “A ideia inicial era fazer um rastreador de relacionamentos. O usuário escolheria um relacionamento do qual quisesse receber uma notificação quando terminasse.” Só não vingou e acabou se transformando no que o iCrach é hoje porque, na avaliação de seus criadores, os usuários não retornariam à plataforma.
“Tive o estalo e criei o iCrach, um aplicativo que daria poderes aos usuários de dizerem que a namorada do seu amigo não presta”, diz Fialho. O estágio em que os desenvolvedores estão agora é a criação de um algoritmo para sinalizar qual a probabilidade de o relacionamento vingar, baseada nas hashtags recebidas pelos dois e pela quantidade de avaliações.
Contra as possíveis acusações de que o aplicativo pode ser usado por pessoas com intenção de tumultuar uma relação, Fialho rebate: “Nosso aplicativo só da direito aos amigos votarem em seu relacionamento, logo nos precavemos desse tipo de pessoa, tendo em vista que o usuário seleciona com quem ele vai interagir na internet”. Quem avisa amigo é... ou não.
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