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Em artigo, Cel. Engenheiro do Exército detalha obras anunciadas pelo governo Bolsonaro para Calha Norte


A integração da Calha Norte do Pará - César Calderaro – MSc Eng° - Atualização do Artigo de 31/08/ 2013.

A Calha Norte do Pará está ao norte do rio Amazonas, entre os estados do Amazonas e do Amapá. Destacam-se, nessa região, as cidades Oriximiná, Óbidos, Monte Alegre e outras, todas ribeirinhas. Continuam isoladas e de costas para as suas riquezas. Praticamente, além do rio, nenhum outro meio de transporte as integra ao centro produtivo do Brasil ou do Pará. E tem grande parte de sua população abaixo da linha da miséria.

É uma região linda, extensa e rica em terras férteis, minerais, potencial hidroelétrico, água potável e biodiversidade. E tem um porto profundo em Óbidos, no centro da Amazônia. Tudo praticamente inexplorado.


Chegou o momento dos brasileiros, sobretudo os desta região, romperem os impedimentos ao seu desenvolvimento, integrando-a ao centro produtivo do Brasil e do Pará. E, de buscarem as suas riquezas que estão logo ao norte, nos seus próprios municípios.

São três as direções estratégicas para as terras ao norte do Brasil:

A primeira direção começa no centro do Brasil, pela rodovia Cuiabá-Porto Velho, segue pela BR-319 ou pela hidrovia do Rio Madeira, se rearticula em Manaus, adentra pelo estado de Roraima, passa por Boa Vista, chegando, por essa rodovia, a Caracas, na Venezuela. Tem duas derivações, em Porto Velho: para oeste, na direção do Peru; e a outra na, da Bolívia.


A segunda direção parte do centro do Brasil, pela rodovia Brasília-Belém, que embasou o desenvolvimento do sudeste do Pará, chega a Belém, se rearticula em Macapá, no estado do Amapá, atinge Clevelândia, na margem sul do rio Oiapoque para, por uma ponte que está pronta, adentrar na Guiana Francesa, até Caiena.

A terceira direção estratégica começa no sul do Brasil pela rodovia BR-163, que passa por Cuiabá, se desenvolve para o norte, chegando até Santarém, onde parou, na foz do rio Tapajós, na margem sul do Rio Amazonas, no estado do Pará.

Aí se inicia o nosso projeto:

(1) A expansão dessa RODOVIA BR-163, até a fronteira com o Suriname; (2) a PONTE de Óbidos sobre o Rio Amazonas; (3) o Porto de Óbidos, para o Intermodal rodo-hidroviário; e (4) a Hidroelétrica de Oriximiná, no rio Trombetas, para fornecer energia para a Amazônia.

Objetivos do Projeto:

(1) A expansão da RODOVIA BR-163, em seu caminho natural, para o norte, até a fronteira com o Suriname e a (2) A PONTE de Óbidos sobre Rio Amazonas.

Permitir que cidadãos das cidades de Oriximiná, Óbidos, Alenquer, Monte Alegre e de todas as outras da Calha Norte, acessem a malha rodoviária nacional, eliminando os seus isolamentos, integrando-as ao centro produtivo do Brasil e viabilizando que suas riquezas se movimentem “porta à porta”, em toda a Nação.


Possibilitar-lhes o acesso às suas próprias terras ricas, no planalto ao norte, em seus municípios.

Caso a rodovia BR163 venha a se estender até Paramaribo, integrá-las ao sistema rodoviário do litoral marítimo próximo ao Caribe, que liga as capitais Georgetown, Paramaribo e Caiena.

Permitir a transposição, sobre o Rio Amazonas, das linhas de transmissão de energia elétrica da malha nacional e das “espinhas dorsais” das redes de infovias em cabos de fibras óticas para telefonia, TV e internet do país, para integrar as cidades da Calha Norte.


 – Possibilitar que a Ferrovia EF-170 (Ferrogrão), que começa e Sinop-MT e chega a Miritituba-PA, ladeando a BR-163, possa continuar acompanhando-a até o Porto de Óbidos-PA; por isso, a Ponte de Óbidos sobre rio Amazonas deve ser rodo-ferroviária.

(3) O PORTO de Óbidos, onde a rodovia BR-163 transpõe o Rio Amazonas, cria um Intermodal RODO-HIDROVIÁRIO, por meio de uma alça viária, logo após a Ponte de Óbidos sobre Amazonas.

Está num trecho desse rio que tem profundidade até 100 m, largura de 1.500 m e não necessita de dragagem. Hoje, é um pequeno porto com calado até 11,5 m, na seca do rio, compatível com o calado da hidrovia até a saída, pela Barra Norte da foz do rio Amazonas, para o Atlântico.


– Criar uma alternativa competitiva pare o escoamento das safras de soja, milho, carne e outras riquezas produzidas no Planalto Central do Brasil,

– Integrar a rodovia BR-163, do Sul ao Norte, com a hidrovia amazônica, do Oeste ao Leste do Brasil.

– Aumentar a relevância das cidades de Santarém, Óbidos e Oriximiná, pelas suas privilegiadas posições geopolíticas, como polo de desenvolvimento na Amazônia.

(4) A Hidroelétrica de Oriximiná, no rio Trombeta, para fornecer energia para toda a Amazônia.

Aproveitar o potencial hidroelétrico do Rio Trombetas, para acabar com os apagões em Manaus, Boa Vista e Macapá; fornecer energia elétrica para todas as muitas cidades da calha norte; e garantir a energia para todo o desenvolvimento sustentado da região.

Chegou o momento dos brasileiros, sobretudo os desta região, juntos, apossarem-se das suas próprias riquezas.


É tempo dos engenheiros, das empresas de construção e de milhares de operários, com tecnologias adequadas, serem os protagonistas da realização deste projeto, para que sejam gerados benefícios às comunidades da região, com harmonia com o meio ambiente, bem precioso para nós e para as futuras gerações.

Temos que rever os paradigmas, que visam impedir que criemos riquezas, e substituí-los por premissas reais, para que estas riquezas possam ser postas na educação, saúde e segurança.

Este projeto está sendo debatido, desde 1953, quando houve a grande cheia no Baixo Amazonas que, praticamente, destruiu todos os rebanhos e as plantações da várzea, para que estes fossem transferidos para as terras que existem no planalto ao norte das nossas cidades ribeirinhas da Calha Norte..

A sabedoria e a prudência têm que sobreporem-se aos interesses de grupos, de partidos e de ideologias.

Fonte: Cel. Engenheiro do Exército

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