Favorito! Entenda porque Weidman é o maior desafio da carreira de Belfort
Não é à toa que o americano Chris Weidman é o favorito nas bolsas de apostas nos EUA. Mas nem longe sua vida será fácil neste sábado (23), quando terá pela frente Vitor Belfort no co-main event da noite do UFC 187, em Las Vegas. O duelo, que colocará frente a frente dois atletas de estilos e histórias diferentes, valerá o cinturão dos pesos médios (84 kg) e representa o maior desafio da carreira do veterano carioca. Entenda o porquê...
Explosivo, Vitor adicionou números impressionantes ao seu cartel ao longo dos últimos anos. Dentre eles, o brasileiro liquidou 12 desafios em menos de cinco minutos no octógono do UFC, o que, além de reforçar esta característica, expõe a dificuldade de Belfort em lidar com desafios mais longos, fator que o acompanha desde o início da carreira. E, por sua vez, Weidman sobra em condicionamento físico e provou diante de Lyoto Machida estar pronto para lutar cinco rounds de forma intensa.
Embora Weidman tenha se machucado em duas oportunidades desde julho de 2014, o que adiou seu retorno ao octógono, Belfort não luta desde de novembro de 2013 e, aos 38 anos, terá na falta de ritmo de luta um desafio a mais neste sábado, quando tentará se tornar o terceiro atleta da história a se tornar campeão em duas categorias de peso diferentes.
Embora tenha sido estigmatizado no início de sua carreira como um lutador de um psicológico não muito forte, aos poucos Belfort deu a volta por cima e hoje, aos 38 anos, se mostra mais confiante do que nunca. No entanto, neste quesito o rival formado em psicologia e embalado por duas vitórias sobre Anderson Silva e um triunfo diante de Lyoto Machida sobra. Invicto após 12 combates como profissional, o americano parece capaz de encarar qualquer desafio, a qualquer hora, e não sentir a pressão.
Historicamente em sua carreira, um estilo de jogo sempre tendeu a pesar contra as habilidades do brasileiro. Habilidosos na arte de clinchar junto à grade, quedar e amassar o rival, minando justamente a explosão muscular – tão importante para Belfort -, tais atletas representam sempre um perigo quando hábeis e pacientes, como é o caso do atual campeão.
A diferença de idade, sem dúvida, é outro fator que entra na conta a favor do americano no caso de qualquer aposta. Aos 30 anos e com uma bagagem menor no MMA, que denota menos impacto e pressão ao corpo de um atleta de alto rendimento, Weidman vê na experiência do brasileiro um rico a ser driblado, com cuidado.
Apesar da cidade de Las Vegas estar acostumada a receber constantemente a presença de fãs brasileiros, não se pode ignorar o fato de que o MGM Grand Arena contará com a maioria absoluta de americanos empurrando seu ídolo direto das arquibancadas.
Por fim, a dúvida sobre o desempenho de Vitor neste sábado pode ser resumida em três letras: TRT. Depois de anos fazendo o tratamento de reposição hormonal sob o acompanhamento de uma equipe médica, o carioca se apresentará pela primeira vez sem o uso da medicação. É esperar para ver, afinal, ingredientes não faltam para atrair a atenção dos fãs para o co-main event do UFC 187.


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