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Sespa orienta sobre nova fase da vacinação contra o HPV


A faixa etária para vacinação contra o Papilomavírus humano (HPV), principal causador do câncer do colo de útero, acaba de ser ampliada em todo país. A partir desta segunda-feira, 02, a vacina que era voltada para meninas com idade de 11 a 13 anos passa a ser destinada para aquelas que têm de 9 a 11 anos, como também as pessoas do sexo feminino de 09 a 26 anos e que vivem com HIV.

Segundo informe técnico da Divisão de Imunizações da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a meta é que no território paraense 250.736 meninas de nove, dez e onze anos sejam vacinadas nessa nova fase de mobilização. As doses já estão disponíveis nas 1.200 salas de vacinação do Pará, que estão vinculadas às secretarias municipais de Saúde.

Desde a primeira fase da mobilização, ocorrida em março do ano passado, 235.732 meninas foram vacinadas no Pará, o que corresponde a 97,40% do total. Desde a segunda fase da campanha, ocorrida em setembro do ano passado, somente 83.938 meninas, ou 34,75% desse universo, foram vacinadas. Os dados das duas fases são passíveis de contínua atualização, uma vez que as vacinas são ofertadas constantemente, independente ou não de períodos de campanha. 

 A vacina contra o HPV faz parte da rotina de imunização e todas as meninas devem receber três doses. A segunda deve ser aplicada após seis meses da primeira e a terceira após cinco anos da primeira dose. Se a menina não tomar as três doses seguindo o esquema vacinal corretamente, a vacina não surtirá o efeito esperado. É importante que o Cartão de Vacinação seja apresentado no momento da aplicação da dose, independente do local onde esteja sendo ministrada. As meninas maiores de 11 anos que receberam a dose no ano passado devem continuar seguindo o esquema vacinal normalmente.

A vacina ainda está disponível para mulheres na faixa de 9 a 26 anos e que são portadoras do HIV. Nesse caso, as pacientes devem procurar os Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA), onde já recebem acompanhamento, ou os Centros de Referência de Imunobiológicos Especiais (CRIE), que ministram vacinações em casos específicos como esses. De todo modo, a vacina protege contra os principais tipos do HPV e não possui efeitos contrários àqueles esperados quando o esquema vacinal é seguido corretamente.

A vacina faz parte de toda uma estratégia de prevenção que inclui, ainda, a orientação às meninas que ainda vão iniciar a vida sexual e incentivo ao exame conhecido como papanicolau ou PCCU. Nesse sentido, o Ministério da Saúde (MS) também orienta que mulheres na faixa de 25 aos 64 anos façam o exame preventivo, o Papanicolau, a cada três anos, após dois exames anuais consecutivos negativos.

Segundo especialistas, há mais de 100 tipos de HPV, vírus transmitido principalmente por meio da relação sexual. A vacina aplicada, a quadrivalente, protege contra os quatro genótipos mais recorrentes de HPV: 06, 11, 16 e 18, sendo os dois primeiros ligados a 90% das verrugas genitais, e os dois últimos a 70% dos casos de câncer de colo do útero.

A Sespa também alerta para a conservação da carteira de vacinação, de forma que a menina possa tomar as doses nos intervalos corretos. Por outro lado, a vacina HPV pode ser administrada simultaneamente com outras vacinas do Calendário Nacional de Vacinação, sem interferências na resposta de anticorpos a qualquer uma das vacinas. Quando a vacinação simultânea for necessária, devem ser utilizadas agulhas, seringas e regiões anatômicas distintas. 

O HPV é responsável por cerca de 90% dos casos de câncer de colo uterino, o segundo tipo de câncer mais frequente em mulheres. Trata-se de um vírus transmitido pelo contato direto com pele ou mucosas infectadas por meio de relação sexual. Também pode ser transmitido da mãe para filho no momento do parto. 

Estima-se que mais de 290 milhões de mulheres no mundo sejam portadoras do HPV. Dados mais recentes do Sistema de Informação sobre Mortalidade (Sinam) do MS indicam que a mortalidade por câncer de útero no Pará ultrapassa o de mama, matando 13 em cada 100 mil mulheres por ano. No Brasil, aproximadamente 685 mil pessoas são infectadas pelo vírus a cada ano, e 4.800 mulheres morrem em decorrência do câncer de colo do útero.

Fonte: Secretaria de Estado de Saúde Publica-SESPA

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