Pesquisadores revelam receita da pipoca perfeita
Estudo descobriu a melhor temperatura para fazer pipoca: 180 graus. Cientistas franceses afirmam que conseguiram descobrir a melhor temperatura para fazer pipoca.
Os físicos Emmanuel Virot e Alexandre Ponomarenko, da Escola Politécnica de Paris, afirmam que quando a pipoca chega ao limite de temperatura de 180 graus, a camada exterior do milho vai estourar, não importando o tamanho e a forma do grão.
A pesquisa também revelou novas informações sobre como o milho de pipoca pula e estoura e o som emitido quando o vapor de água é expelido rapidamente no processo.
Todo este processo, desde o grão de milho até a pipoca, demora centésimos de um segundo mas os dois físicos conseguiram estudar cada fase para compreender a base científica do processo de fazer pipoca.
Os resultados da pesquisa foram publicados na revista especializada Royal Society Interface.
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Câmeras de alta velocidade
Usando câmeras de alta velocidade, que gravam 2,9 mil quadros por segundo, eles puderam observar a pipoca enquanto ela era aquecida em um forno. Durante o processo, os pesquisadores aumentavam a temperatura em dez graus a cada cinco minutos.
A umidade no interior do grão de milho de pipoca começa a se transformar em vapor quando a temperatura passa de 100 graus, mas quando aumenta para 180 graus, a pressão dentro do grão subiu para cerca de dez vezes a pressão atmosférica no nível no mar.
Sem conseguir aguentar a pressão, a camada exterior do grão arrebenta e a parte interna se expande, forçando o caminho para fora, através da casca já rompida.
Aos 170 graus, apenas 34% dos grãos tinham estourado, mas ao chegar aos 180 graus, 96% das pipocas estouraram.
"Descobrimos que a temperatura crítica é cerca de 180 graus, não importando o tamanho ou a forma do grão" afirmou Virot à agência de notícias AFP.
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Continuando com a experiência, os cientistas analisaram a forma como a pipoca pula. A primeira a sair da casca foi uma estrutura mais protuberante, chamada de perna.
A energia reprimida é liberada para esta estrutura e a empurra contra a superfície quente, lançando o grão para o alto, a uma altura que varia de alguns milímetros até centímetros.
"Uma pipoca tem um jeito único de pular, (algo) no meio do caminho entre (o jeito de pular de) uma planta explosiva e animais cuja base são os músculos, como os humanos", disseram os pesquisadores no relatório sobre o estudo.
Por fim, os dois estudaram o som característico feito pela pipoca. Eles descobriram que o ruído não está relacionado com pulo do grão, pois ele ocorria muito cedo.
Ao invés disso, os físicos concluíram que o som é, mais provavelmente, causado pela liberação repentina do vapor de água do grão.
Além disso, depois que o grão de milho estoura, a queda de pressão transforma as cavidades no grão de milho em uma espécie de caixa acústica, onde o som ressoa.
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