Uma publicação feita pelo MASP (Museu de arte de São Paulo Assis Chateaubriand) no Instagram no último domingo, 22, está causando polêmica nas redes sociais.
O post em questão é a obra “Palhaço e Soldado PM Carvalho”, do artista guatemalteco, naturalizado americano, Alex Donis, que mostra um policial com a farda da PM de São Paulo dançando com um criminoso com um fuzil na mão.
A pintura, que foi comissionada para o projeto ‘Histórias da dança’, faz parte de uma série intitulada ‘Pas de Deux’, que reúne inimigos declarados em abraços e cenas imaginadas de fantasia e conexão.
Alex, que vive em Los Angeles, costuma focar suas obras em representações de desejo queer, especialmente entre homens não brancos.
No balé tradicional, um ‘pas de deux’ é tipicamente dançado entre um homem e uma mulher, com papéis de gênero estritamente designados para cada parte.
Na obra, segundo o MASP, Alex Donis retrata uma cena do balé Dom Quixote, de Marius Petipa, de 1869, dançada por um membro do PCC (Primeiro Comando da Capital) chamado ‘Palhaço’ e um policial militar.
A publicação diz que o artista fez uma pesquisa cuidadosa ao representar cada figura, com uma atenção aos detalhes específicos que podem trazê-las à vida.
“Tatuagens de grupos locais, equipamento anti-motim e insígnias militares são indícios da guerra das drogas em curso em São Paulo. Em um momento global atual, onde o protesto e a violência nas ruas se tornaram sinônimos de brutalidade policial, Donis imagina outro desfecho para essa crise em termos de paz, amor e unidade através da dança”, diz a publicação.
Nas redes sociais, internautas acusaram o MASP de desrespeitar a PM paulista com a publicação.
Uma página no Facebook, que reúne policiais e simpatizantes soltou uma nota de repúdio. À primeira vista um internauta desavisado acredita que se trata da página oficial da corporação na rede social, já que está como “site governamental”, mas não é.
“Milhares de homens e mulheres morreram e arriscam suas vidas, todos os dias, honrando a farda da polícia e defendendo a sociedade. Não aceitamos que o MASP venha enaltecer como “OBRA DE ARTE” um policial militar dançando com um criminoso, água e óleo não se mistura”, diz a publicação.
No perfil oficial da PM de São Paulo não há nenhuma menção a obra de arte de Alex Donis.
Fonte: MSN
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